martes, 15 de junio de 2010

O 8 e o 80


É interessante. Estava eu refletindo esses dias, e comparando os concurso de confeitaria. Em uma divisória bem visível (para mim). Existem os cursos de confeitaria artística (que são então conhecidos mundialmente apenas como concursos de confeitaria) e os de sobremesas de restaurante. Explico o porquê. Normalmente em concursos de confeitaria acaba aparecendo bastante a parte artistica, e muitas vezes, pra não falar a maioria, o artistico pode ser priorizado antes do sabor. Encontramos esculturas de chocolate, de açúcar, de gelo, tortas malucas. Por outra parte, em concursos de sobremesa (estes não tão conhecidos), se prioriza sempre o sabor, sendo ele a pontuação máxima. Claro que a apresentação também contará, mas não para desclassificar alguém. Sei disso pois foi comentado a minha pessoa uma vez, de um dos vencedores do concurso havia feito uma sobremesa "horrenda", porém que esta ganhou o paladar de todos os jurados. De olhos fechados ou não, esta foi a sobremesa vencedora e teve o seu mérito.
Vejo também que a divisória entre essas duas partes se torna muitas vezes confusa, quem faz uma sobremesa de restaurante está muitas vezes mais próximo de um cozinheiro do que de um "confeiteiro normal" que faria algo muito mais artístico em sua confeitaria, para assim chamar a atenção da clientela.
Dentro dessa confeitaria que se come com os olhos, também podemos citar os bolos de pasta americana (feitos por "cakes designers") e até mesmo os cupcakes, que virou febre faz pouco já que muita gente viu ser uma boa fonte de renda. Infelizmente posso dizer que estes nem sempre encontram um sabor muito desejável, e acabam ficando só com a parte da beleza mesmo.
O que posso dizer é que sou contra o extremismo e a favor do equilibrio. Diria até mais, não gosto de açucar sem sabor, apesar de adorar bala.
Apesar de vivermos no presente, acredito em algumas tendências para o futuro. Uma delas é que em um futuro próximo, o prazer será saudável. Sendo ele salgado ou não, não podemos fechar os olhos para isso.
Seja a confeitaria que for, manter um nível gustativo e unir os nossos outros sentidos (podendo ser ele visão) será inevitável.
Portanto tendencias novas ou não tão novas, marcam um caminho a seguir.

Fotografia e Chocolate



Pelo terceiro ano consecutivo o Museu do chocolate, aqui em Barcelona, realizou um concurso onde unia o chocolate e claro, a fotografia. Dentre algumas das fotos finalistas encontramos estas que estão na tela.

viernes, 11 de junio de 2010

Fino e Caro


Pois como uma boa futriqueira, acabei achando uma linha de chocolates bem interessante. Se chama Saint phylippe e é de são paulo. Ao meu ver, eles tem coisinhas diferenciadas do cotidiano e trabalham com vários chocolates de origem (talvez isso responda o preço, mas mesmo assim considero caro).
O genial é que eles não abriram portas, tudo é feito sob encomendas e se pode também comprar em lojas das quais encomendam deles (se é o mesmo preço já não sei). Tá ai, algo de luxo que provavelmente vai ter uma grande fama em um futuro próximo.

http://www.saintphylippe.com.br

domingo, 6 de junio de 2010

Nós gostamos do que é deles e eles gostam do que é nosso


É incrível. A gente só percebe como valorizam o Brasil quando viajamos pro exterior. E tenho a impressão de que quase todo o brasileiro gostaria de ir para o exterior (a grande ilusão de que "lá fora" se trabalhará menos e de que a vida será melhor).
E pra dizer bem a verdade, no exterior, o Brasil está de moda.
Se encontra por todos os lados musica brasileira, a fama da beleza das mulheres, de como falam bem da comida, das belezas naturais, do carnaval, da felicidade, dos ingredientes.
Dos ingredientes?
Poisé minha gente, temos que correr, pois como acabei de falar, está de moda e todo mundo quer o seu pedacinho.
Vejam só por exemplo a vencedora do concurso internacional de sobremesas que ocorreu no Madrid Fusión. Ela se chama Marie Van Beurden e é francesa. O nome da sobremesa (foto) é "Corona de Carnaval" (tradução: Coroa de Carnaval) . Nesta Marie utilizou produtos como castanha do pará, marmelo e o chocolate Macae (Valrhona) que foi lançado faz pouco.
Pra quem não conhece o Macae, ele é um chocolate de origem brasileira, com favas da Bahia. Eu tive o prazer de provar-lo no começo desse ano e digo, é muito bom. Uma explosão de sabores.
Dei o exemplo da Marie mas com certeza não se pode esquecer de muitos chefs de cozinha que fazem pratos com outros ingredientes brasileiros como por exemplo a tapioca, entre outros. Meus próprios professores no Master me encheram de perguntas, já que eu era a única brasileira, sendo que estes queriam informaçoes para fabricar tortas com "sabores brasileiros".
Fica a dica então, vamos valorizar o que é nosso!